CidadesEdição de domingo, 29 de maio de 2011
Cidades em busca de seus atrativos
Alunos de faculdade de Natal elaboram estudos que podem ajudar na interiorização do turismo Francisco Francerle // franciscofrancerle.rn@dabr.com.br
O antigo sonho de interiorização do turismo no Rio Grande do Norte está mais perto de se tornar realidade para alguns municípios, mais especificamente aqueles que estão potencializando suas riquezas naturais para captar investimentos e consolidá-las como atrativos turísticos. Contando com a consultoria voluntária de um grupo de alunos do curso de Turismo e Hotelaria da faculdade Facex, as cidades de Portalegre, Pedra Grande, Sítio Novo, Vila Flor, Passa e Fica e Olho D'água dos Borges estão construindo seu Inventário Turístico, um trabalho que pode significar a introdução desses municípios no restrito grupo de destinos turísticos do Estado. Atualmente, no RN, apenas os municípios de Parnamirim, Lagoa Nova, Areia Branca e Parelhas já fizeram o inventário e trabalham com captação de recursos.
Apesar de ser uma exigência do Ministério do Turismo para o município poder captar investimentos na área, poucos são aqueles que têm se preocupado em elaborar seus inventários turísticos, devido ao alto preço cobrado pelas empresas de consultoria. Nem mesmo os principais destinos indutores, como Natal e Tibau do Sul fizeram esse trabalho. Mas, desde 2006, segundo defende a coordenadora do curso de Turismo da faculdade, professora Salete Gonçalves, todo município que pretende trabalhar com turismo tem que fazer o inventário de seus atrativos. Para facilitar a vida dos gestores, evitando maiores despesas, o Ministério do Turismo também orienta que esse trabalho deve ser feito por uma Instituição de Ensino Superior (IES). No caso de Natal, devido o grande número de atrativos, o trabalho deverá ser feito por todas as instituições que tenham curso superior de turismo.
Para a coordenadora Salete Gonçalves, essa é uma contribuição que a faculdade está dando para o crescimento organizado e sustentável no interior do Estado. É através do inventário que o município vai poder alimentar o Sistema de Inventariação da Oferta Turística (conhecido pela sigla INVTUR) do Ministério do Turismo, que é necessário para que a cidade avance mais no caminho do desenvolvimento turístico local, regional e estadual. Segundo o professor Elinaldo da Silva, da disciplina de Planejamento e Organização do Turismo, que é o instrutor do grupo de alunos, o inventário é um documento importante porque o município vai relatar o potencial turístico de seus atrativos, ressaltando possibilidades de crescimento dos diversos segmentos da municipalidade.
"Os municípios precisam potencializar seus atrativos para evidenciar a necessidade da presença do poder público e da iniciativa privada na fomentação de investimentos no local, porque ainda falta infraestrutura de restaurantes, hotelaria, artesanato e outros serviços essenciais e, inclusive, mão-de-obra especializada. Daí a importância do inventário, porque vai identificar todos esses aspectos", ressalta o professor Elinaldo.
Uma oportunidade para captar novos investimentos
Ao lado do Plano Diretor e dos códigos de Obras e de Meio Ambiente , o inventário turístico é de suma importância para os municípios com vocação turística. Representa o início da organização e planejamento para o desenvolvimento e conscientização dos diversos setores da sociedade nessa área. Através do inventário, o município vai não apenas conhecer todo seu potencial turístico com o levantamento das riquezas naturais, patrimônio material e imaterial, como também descobrir o que não tem e o que necessita para o desenvolvimento do turismo local.
Segundo explica a secretária de Turismo do município de Pedra Grande, Ana Caroline Miranda Ferreira, o inventário abre um grande leque de possibilidades para o município conseguir investimentos tanto do Poder Público quanto da iniciativa privada. "O documento mostra que o meu município precisa não apenas ter atrações naturais como praias por exemplo, mas também toda uma organização estrutural que vai atrair o turista. É o que vai dizer, por exemplo, se o município tem necessidade de ampliar a infraestrutura de hotéis, pousadas, restaurantes, equipamentos de lazer e de assistência médica". Além disso, acrescenta ela, trata-se de uma exigência legal do Ministério de Turismo para que o município consiga captar recursos para investimentos em obras de infraestrutura e direcionadas ao setor.
Contemplado pela natureza com a bela praia de Exu Queimado, com suas piscinas naturais e seus exuberantes coqueiros, a cidade tem ainda vários atrativos para o turismo que precisam ainda ser descobertos até pelos potiguares, entre eles o Marco do Descobrimento, um sítio arqueológico, e o projeto das tartarugas, o Terminal Turístico, a cabeça do Mororó em Bonsucesso, a Gruta dos Martins, a Gruta de Lajedo e o local de origem da "Pedra Grande".
Os alunos fazem vistoria em todos os locais que possam ter receptividade turística e analisam toda infraestrutura que o município tem, sugerindo implementações tanto para o poder público como para empresários. O município pode ter uma grande quantidade de atrativos, mas se não tiver uma infraestrutura para receber o visitante, vai ser difícil implementar o turismo. Ela cita o exemplo de Pedra Grande onde só existe uma pousada, apesar do grande número de atrativos.
Praia de Exu Queimado, em Pedra Grande, é uma das atrações relacionadas por trabalho. Foto: Ascom/Divulgação/D.A Press
FONTE: http://www.diariodenatal.com.br/2011/05/29/cidades4_0.php
O antigo sonho de interiorização do turismo no Rio Grande do Norte está mais perto de se tornar realidade para alguns municípios, mais especificamente aqueles que estão potencializando suas riquezas naturais para captar investimentos e consolidá-las como atrativos turísticos. Contando com a consultoria voluntária de um grupo de alunos do curso de Turismo e Hotelaria da faculdade Facex, as cidades de Portalegre, Pedra Grande, Sítio Novo, Vila Flor, Passa e Fica e Olho D'água dos Borges estão construindo seu Inventário Turístico, um trabalho que pode significar a introdução desses municípios no restrito grupo de destinos turísticos do Estado. Atualmente, no RN, apenas os municípios de Parnamirim, Lagoa Nova, Areia Branca e Parelhas já fizeram o inventário e trabalham com captação de recursos.
Apesar de ser uma exigência do Ministério do Turismo para o município poder captar investimentos na área, poucos são aqueles que têm se preocupado em elaborar seus inventários turísticos, devido ao alto preço cobrado pelas empresas de consultoria. Nem mesmo os principais destinos indutores, como Natal e Tibau do Sul fizeram esse trabalho. Mas, desde 2006, segundo defende a coordenadora do curso de Turismo da faculdade, professora Salete Gonçalves, todo município que pretende trabalhar com turismo tem que fazer o inventário de seus atrativos. Para facilitar a vida dos gestores, evitando maiores despesas, o Ministério do Turismo também orienta que esse trabalho deve ser feito por uma Instituição de Ensino Superior (IES). No caso de Natal, devido o grande número de atrativos, o trabalho deverá ser feito por todas as instituições que tenham curso superior de turismo.
Para a coordenadora Salete Gonçalves, essa é uma contribuição que a faculdade está dando para o crescimento organizado e sustentável no interior do Estado. É através do inventário que o município vai poder alimentar o Sistema de Inventariação da Oferta Turística (conhecido pela sigla INVTUR) do Ministério do Turismo, que é necessário para que a cidade avance mais no caminho do desenvolvimento turístico local, regional e estadual. Segundo o professor Elinaldo da Silva, da disciplina de Planejamento e Organização do Turismo, que é o instrutor do grupo de alunos, o inventário é um documento importante porque o município vai relatar o potencial turístico de seus atrativos, ressaltando possibilidades de crescimento dos diversos segmentos da municipalidade.
"Os municípios precisam potencializar seus atrativos para evidenciar a necessidade da presença do poder público e da iniciativa privada na fomentação de investimentos no local, porque ainda falta infraestrutura de restaurantes, hotelaria, artesanato e outros serviços essenciais e, inclusive, mão-de-obra especializada. Daí a importância do inventário, porque vai identificar todos esses aspectos", ressalta o professor Elinaldo.
Uma oportunidade para captar novos investimentos
Ao lado do Plano Diretor e dos códigos de Obras e de Meio Ambiente , o inventário turístico é de suma importância para os municípios com vocação turística. Representa o início da organização e planejamento para o desenvolvimento e conscientização dos diversos setores da sociedade nessa área. Através do inventário, o município vai não apenas conhecer todo seu potencial turístico com o levantamento das riquezas naturais, patrimônio material e imaterial, como também descobrir o que não tem e o que necessita para o desenvolvimento do turismo local.
Segundo explica a secretária de Turismo do município de Pedra Grande, Ana Caroline Miranda Ferreira, o inventário abre um grande leque de possibilidades para o município conseguir investimentos tanto do Poder Público quanto da iniciativa privada. "O documento mostra que o meu município precisa não apenas ter atrações naturais como praias por exemplo, mas também toda uma organização estrutural que vai atrair o turista. É o que vai dizer, por exemplo, se o município tem necessidade de ampliar a infraestrutura de hotéis, pousadas, restaurantes, equipamentos de lazer e de assistência médica". Além disso, acrescenta ela, trata-se de uma exigência legal do Ministério de Turismo para que o município consiga captar recursos para investimentos em obras de infraestrutura e direcionadas ao setor.
Contemplado pela natureza com a bela praia de Exu Queimado, com suas piscinas naturais e seus exuberantes coqueiros, a cidade tem ainda vários atrativos para o turismo que precisam ainda ser descobertos até pelos potiguares, entre eles o Marco do Descobrimento, um sítio arqueológico, e o projeto das tartarugas, o Terminal Turístico, a cabeça do Mororó em Bonsucesso, a Gruta dos Martins, a Gruta de Lajedo e o local de origem da "Pedra Grande".
Os alunos fazem vistoria em todos os locais que possam ter receptividade turística e analisam toda infraestrutura que o município tem, sugerindo implementações tanto para o poder público como para empresários. O município pode ter uma grande quantidade de atrativos, mas se não tiver uma infraestrutura para receber o visitante, vai ser difícil implementar o turismo. Ela cita o exemplo de Pedra Grande onde só existe uma pousada, apesar do grande número de atrativos.
Praia de Exu Queimado, em Pedra Grande, é uma das atrações relacionadas por trabalho. Foto: Ascom/Divulgação/D.A PressFONTE: http://www.diariodenatal.com.br/2011/05/29/cidades4_0.php
